Quer ter uma app para eventos? Saiba o que considerar.

Saiba se criar uma app para eventos é para si

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Se a pandemia trouxe algo de positivo, foi o aumento da interação com os participantes. Naquele momento, em ambiente remoto, era a única forma de comunicação possível. Chats, Q&A, Votações, passaram a fazer parte dos guiões dos eventos digitais.

No regresso ao presencial, assistimos numa primeira fase a encontros informais, “Get togethers” para celebrar a “normalidade”. Nesta primeira fase, o importante era o contacto humano, os sorrisos, o cair das máscaras.

Desde há alguns meses, os eventos voltaram ao pré-pandemia com apresentações, debates, palestras, partilhas científicas, business as usual.

Mas a audiência mudou.

Temos participantes que querem estar mais envolvidos, querem fazer questões, querem que o evento lhes traga algo novo e memorável. O que antes de 2020 era difícil, ter plataformas digitais durante o evento por causa da pouca utilização, é agora uma oportunidade.

Vamos criar então uma app para eventos?

A resposta não é um sim taxativo. Ainda que possa ser muito apelativo, demonstrar inovação e dinamismo, há pontos relevantes a serem considerados.

  1. Qual é o seu objetivo da app para eventos? É partilhar conteúdo, é permitir que sejam feitas questões ou votações, é gamificar momentos de pausa? É fomentar o networking? É vender? Todas as respostas são lícitas mas é importante compreender que dependendo dos objetivos, o esforço e complexidade podem ser muito diferentes;
  2. Temos capacidade para fomentar a interação ou a app é algo mais estático? Ter um menu de chat ou de perguntas e depois não ter momentos específicos para lidar com isso é frustrante para o participante. Partilhar conteúdo no momento certo mas sem contexto vai deixá-lo confuso. Criar uma app para ter agenda, bios de oradores pode ser interessante mas sabe a pouco. Ter elementos internos ou externos dedicados à interação pode elevar o interesse e satisfação dos participantes;
  3. Vamos comunicar e interagir com a APP antes do evento? Ter os participantes envolvidos antes do dia é ouro no relacionamento e aumento da utilização da APP. Guardar a plataforma para o dia, quando o participante chega ou quando chega a uma sala para linkar ao qrcode, é reduzir muito o âmbito de ter uma plataforma acessível em qualquer local em qualquer momento.
  4. Simplicidade, flexibilidade para o organizador – quer enviar notificações? Quer editar o conteúdo? Quer colocar novas questões? Ter uma app que depois não é facilmente atualizada é convidar o participante a deixar de visitar porque não há nada de novo. Se a isto juntarmos o alinhamento do guião aos momentos da app, teremos os participantes envolvidos e constantemente atualizados
  5. Quanto partilhar o conteúdo? Já. “Podemos ter acesso às apresentações?”, “Vão enviar os slides?” Quantas vezes ouviu esta questão? Quer ter os participantes satisfeitos? Não guarde para amanhã (ou para a semana ou mês) a partilha de informação que lhe é útil. Vivemos numa altura em que a atenção é limitada. No final da apresentação, partilhe o conteúdo que precisam. A app pode ter atualizações e notificações sobre novos ficheiros, vídeos, entre outros.
  6. Tem parceiros, expositores? Dê-lhes visibilidade na APP. Todos ganham em ter conteúdo, em participar na interação com os participantes. Há pessoas envergonhadas, sem tempo, que podem na APP aceder a conteúdos que não conseguem ou não querem aceder presencialmente. Contribua para o retorno dos seus parceiros para que na próxima edição possa contar com eles
  7. Pode não ser viável ou necessário uma APP – o seu evento é de curta duração? Não vai ter momentos de networking? Não vai conteúdos preparados para a app? Então um site responsivo (artigo aqui) pode bastar e/ou uma plataforma como o slido ou mentimeter para questões e votações. Guarde o esforço para um evento maior, para outro momento.

Em resumo…

Há muitas e boas alternativas no mercado para uma app para eventos. Há boas empresas portuguesas a criar apps para eventos. E há implementações que podem ser feitas em poucos dias, com autonomia e flexibilidade. Há soluções de centenas a milhares de euros. O mais importante no início é fazer as questões e responder aos desafios. Adequar esforço, equipa, orçamentos.

Compreender e preocupar-se com o participante, dar-lhe conteúdo na hora certa, ajudá-lo a “navegar” no seu evento.

Os eventos voltaram mas a audiência mudou, está mais exigente, e quer ser parte ativa e não apenas consumir conteúdo.

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