O dia prometia. Oradores de renome, uma agenda preenchida, um local de eleição. Iria ter um dia diferente onde se tudo corresse bem, traria novas ideias, ensinamentos, algumas experiências e até novos contactos.
À chegada oferecem os tradicionais dossiers: folhas, programas, conteúdos estáticos dos parceiros. Ok, vai folhear durante as sessões, pode ser que algo interesse.
No início, a explicação do contexto, vê os ditos dossiers, sente-se a afundar na cadeira. Aqueles conteúdos poderiam estar naquele evento, ou noutro qualquer. Sente um sabor indefinido, mas o entusiasmo refreia. Não há nada único.
Intervalo: na sala do Coffee Break, os roll-ups das várias entidades participantes e parceiras, parecem-lhe familiares… são iguais a outros momentos e eventos onde já participou. Passa por eles sem se recordar sequer das marcas, mensagens ou imagens.
O dia passou. Pedem-lhe de forma simpática para avaliar o evento. Pareceu-lhe bem, tudo bem organizado, a horas, “arrumado”, dá um sinal de concordância ténue. Dá boas médias e sai.
O que leva? Alguns papeis e ideias escritas numa folha A4, juntamente com uns gatafunhos que fez para passar o tempo, e uma lista de tarefas que deixou por fazer ou telefonemas que tem de devolver.
Ponto final.
Pareceu-lhe bem? Ou sente que lhe falta algo? Será que sentiu que o evento era para si?
O envolvimento em eventos não é uma moda. Vai ser um requisito.
Vamos começar antes da sua chegada…
- No convite – porque não no formulário ter questões que pode endereçar aos oradores, temas que gostaria de ver aprofundados? Seria uma forma rápida e eficaz de começar a envolver mesmo antes do evento, e porque não perguntar o seu segmento de atividade se for relevante?
- No lembrete do evento – Informações úteis, dicas para chegar sem filas, pontos de encontro, para que não tenha de perder o seu tempo em outros sites e se sinta “apaparicad@”
- Na chegada – Personalização, no badge, no conteúdo a entregar, no tratamento pelo nome, na descrição do que pode encontrar neste evento?
- Nos conteúdos – não há sensação mais sonsa que ver um texto, conteúdo que é igual a tantos outros. E por vezes basta personalizar o dia, o evento, ou adequar uma oferta ao contexto.
- Na partilha de informação – Porque não ter os oradores a lançar questões diretamente com o público, com interação nos equipamentos móveis? E no fim porque não permitir que a aplicação seja descarregada bastando para tal o email?
- Na criação de concursos – miúdos e graúdos gostam de ser desafiados, de pertencer a uma tribo. O momento atual é de envolvimento pela componente lúdica. A mensagem passa mais facilmente que debitada num rol de argumentários.
- Last but not the least… medir e conhecer: um bom envolvimento, o conhecimento de métricas durante o evento, é mais significativo que a avaliação estática de variáveis que podem ser boas do ponto de vista da organização e más do ponto de vista do objetivo final: transmitir uma mensagem. Quem fez o quê e quando e ter essa informação é ouro.
O que falamos aqui está focado em eventos, porque são momentos fortes de contacto com marcas ou conceitos. Mas no atendimento, na compra a lógica pode ser a mesma.
A partilha de informação e o envolvimento em eventos, permitem a captação de contactos e conhecimento.
Sem isso, não há (novas) oportunidades de negócio num mercado cada vez mais competitivo.