Medir a Satisfação no trabalho no período da pandemia

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Reuniões à distância com caras sorridentes, ambientes remotos de colaboração, happy hours de equipas virtuais, cursos online, palestras e webinars. Desde há menos de um mês passamos todos a colaborar em ambiente remoto. Estamos em casa, com os nossos. E a satisfação no trabalho, como está?

Não sabemos. Muitos de nós, decisores, temos medo de perguntar.

Muitos dos colaboradores poderão ter medo de afirmar que muito falta neste novo dia-a-dia. Há sombra de layoff, despedimentos e fechos.

Mas talvez nunca como agora seja importante saber como está a satisfação no trabalho, como está o clima social, como está a motivação individual.

 

E porquê?

 

  • Novos processos (ou falta deles)- A maior parte das empresas é perita em teletrabalho ou colaboração remota…há menos de um mês. É impossível que todos os processos, canais de comunicação tenham sido migrados sem falhas. E remotamente é mais difícil falar do que está mal;

 

  • Competências das chefias desfasadas – Podemos dizer que é o mesmo gerir uma equipa presencialmente ou à distância? Dificilmente. A delegação, os processos, a obtenção de informação, autorizações, e afins é muito diferente. Especialmente se não era a norma. Como obter e dar feedback remotamente? Como gerir as várias personalidades remotamente, são incógnitas difíceis de trabalhar em poucos dias;

 

  • Perfil dos colaboradores – todos nós somos produtivos à distância? Talvez não. Há quem necessite de uma palmada no ombro, outros de uma empresa mais fechada em termos processuais, há quem se desleixe, há quem perca a noção das horas. É muito importante perceber quão produtivo, mas também motivado, que dificuldades o colaborador está a encontrar;

 

  • Conjuntura do próprio mercado – até podemos ter uma empresa supinpa, todos os processos oleados, colaboradores motivados, e chefias preparadas. E o mercado? Clientes que não compram, fornecedores fechados, deslocações canceladas? O que fazer para gerir uma conjuntura que não controlamos e com a qual não podemos fugir? Vamos propor formação em áreas-chave? Vamos imaginar novos serviços e produtos? Vamos melhorar processos? (grande silêncio).

 

O silêncio dos teclados, dos microfones dos PCs pode ter tantas leituras quantas as pessoas que estão do lado de lá. E se esta fase vai ser determinante, vai ser na qualidade dos recursos e da empresa que sobreviverá.

 

E como podemos medir a satisfação no trabalho?

 

Ok, vamos lá fazer um zoom e perguntar diretamente?

Talvez não seja a melhor opção.

Vamos recorrer ao digital para obter respostas anónimas em inquéritos simples, mas diretos e com algum grau de abertura; vamos promover conversas de 5/10 minutos com cada pessoa para perceber o seu estado de espírito, vamos envolver as várias cadeias de decisão para compreender o que estão a fazer com as suas equipas.

Se não olharmos com atenção podemos ter várias empresas dentro da mesma empresa.

Eu não sou técnico de Recursos Humanos, confesso a falta de formação teórica, mas colaborei numa empresa com mais de 1.000 pessoas, fui gestor de pessoas e tenho uma micro empresa há 7 anos, tendo colaboradores. Colaboramos em ambiente remoto desde o início. E lidamos com questionários de satisfação e clima social quase desde o início com clientes.

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