O que a Dory faria? Uma reflexão diferente sobre os negócios

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No passado dia 23 de junho estreou em Portugal a sequela de um dos filmes mais queridos do Público – À procura de Nemo, neste caso À procura de Dory. Este post não vai tecer considerações sobre o filme em si, não só para não ser spoiler mas também porque o gosto depende de cada um.

Mas o filme, como todos tem um conjunto de pormenores que apelam à criança que há nos adultos. Há filmes como o Divertida Mente, em que o meu filhote de 6 anos gosta mas é a nós que bate fundo a perda da inocência que sentimos em alguns momentos.

Há diversas passagens do filme em que a Dory sai do seu próprio papel e pergunta “O que a Dory faria?”, para poder pensar “fora da caixa” como se costuma dizer.

O que é que esta simples questão, formulada por cada um de nós, como se estivesse a assistir, permite refletir?

– Foco – para quem é distraída como a Dory, só o (pouco) foco pode ajudar. Pequenas frases, ideias simples, para que a sua curta memória não se desintegre;

 – Parcerias – sozinha não vai a lado nenhum. Mas a sua capacidade de envolver outros para as suas aventuras, faz deste ser inocente e inofensivo, alguém que alcança os seus objectivos. Partilha as alegrias, tristezas, e ouve. (ainda que não consiga reter)

 – Relacionamento interpessoal – Há um polvo, o Hank que quer distância do mundo, tipo aqueles clientes que todos nos dizem que são difíceis, mas no final do dia o que quer, como nós em várias escalas, é atenção, um ouvido atento. Num universo de likes e shares, são cada vez mais raros os momentos onde efectivamente queremos saber mais sobre os outros, para além da superfície. E isso nos negócios também conta.

 – Simplicidade – A Dory tem um problema, e cada vez mais nós vivemos numa época onde o que não se escreve, se esquece, onde temos inúmeros estímulos e por vezes não saímos do mesmo lugar. Ao pensar simples (sendo focada no ponto inicial) consegue evoluir porque não se perde em pormenores. Parece familiar?

 – Tentativa e erro  – Não podemos acertar todas, se calhar nem metade, e o esforço e a falha fazem parte. Há dor, perda, vamos ficar sem dormir mas “move on”. E por vezes temos de mudar de tática, tentar novas abordagens, mantendo o norte.

Num meio em que “distraction is king”, em que a falha não é mencionada (só o sucesso), e onde o Eu impera sobre o Nós, são estes momentos, como outros bem simples, que por vezes nos fazem voltar à terra. E nos negócios são às vezes os pequenos momentos que nos fazem reflectir e (esperamos) evoluir.
Até (muito) breve.

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