Reflexões sobre a Tecnologia e o “Multitasking” na Qualidade de Vida

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Já lhe aconteceu desviar o olhar do computador e quando “volta” não se lembra do que estava a fazer?

Já enviou emails onde supostamente constava um anexo e upss, não foi?

Já teve necessidade de fazer listas de pequenas tarefas e sentiu-se bem ao completá-las?

 

A tecnologia veio trazer um conjunto de vantagens que teoricamente aumentam a nossa qualidade de vida. Mas será sempre assim?

Há uns anos atrás quando surgiram os primeiros telemóveis com possibilidade de ver, editar e enviar emails, suspirámos de alívio. Já não era necessário estar sempre no escritório e tínhamos ganho autonomia! Bravo!

Em poucos anos passámos da edílica imagem do executivo que trabalha com o portátil junto a uma piscina, para umas férias repousadas na teoria, mas onde na prática são vividas a meias com propostas, berbicachos, “follow-ups”, partilhas de fotos de comida e pés, leituras de notícias a toda a hora.

Onde é que “errámos”?

  • O multitasking é mesmo uma qualidade? Depressa e bem não há quem, já diziam os antigos e a partilha constante de distrações, tarefas por vários projetos pode resultar num “deixar tudo a meio”. Ainda que sejamos inundados de (des)informação, podemos fazer um filtro;
  • A tecnologia deve ser vista como algo que nos facilita a vida, mas mantendo uma vida para além da tecnologia – com a “ubiquidade” de partilhas sociais estamos a perder o contacto humano não digital e com isso a viver relações menos preenchidas. O que é que isto tem a ver com o Multitasking? Por dá cá aquela palha entramos em estados de euforia e apatia, aumentando o cansaço e o consumo de energia. Ao sermos sobre estimulados estamos a aumentar a exigência com o prazer
  • Saborear, refletir, pausar, ponderar são palavras cada vez menos usadas e vividas. – Os raciocínios são muitas vezes recauchutados de pontos de vista de outros, as comidas são apreciadas pelas imagens que nos enviam.
  • Perdemos a cabeça quando nos esquecemos da carteira ou do telemóvel? Como nos sentimos quando não há rede móvel ou wi-fi? Qual a sensação que alguns vivem quando há uma fase mais “calma” no trabalho, querem “aumentar a velocidade”? Quando alguém não responde a um SMS que diz urgente ou quando nós próprios não respondemos como fica a ansiedade?

Perdoem-me aqueles cujas metáforas não são aplicáveis e permitam-me admirá-los por conseguirem estabelecer um balanço saudável. As “injeções” de dopamina, cortisona, que causam prazer e ansiedade, coexistem várias vezes por dia em milhões de pessoas.

Para alguém que gosta de tecnologia e que assistiu a uma enorme evolução, sinto também por vezes uma carga negativa e exagerada na sua utilização.

Não há manual de instruções, ou casos anteriores de estudo para o período que estamos a viver agora. Para o melhor e para o pior. Cabe a cada um de nós tirar proveito do melhor que temos, não perdendo os laços humanos e os momentos “offline”. São esses que perduram.

Artigo que serviu de base à reflexão

https://medium.com/life-tips/multitasking-is-killing-your-brain-79104e62e930#.w72grmsgz

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